terça-feira, 21 de setembro de 2010

Densidade apaga Fogo?

Química é a ciência que lida com as propriedades, composição e estrutura das substâncias (definidas como elementos e compostos), as transformações que com elas ocorrem e a energia que é liberada ou absorvida durante esses processos, podemos dizer também que a química é a ciência que estuda como uma dada substância (composto) se comporta frente à outra substância. Pois bem, isso posto quero, hoje, falar um pouco sobre a química que existente na utilização no extintor de incêndio que se utiliza de CO2 como o “principio ativo”.

Mas antes de revelar o “segredo” por trás do extintor de CO2 precisamos nos familiarizar com alguns conceitos que estão envolvidos no assunto. Em uma reação de combustão (reação de queima) têm-se alguns pontos que precisamos nos atentar.

• necessita de um comburente (substância que será consumida “queimada”);

• necessita de combustível;

• sempre ocorre na presença de gás oxigênio (O2);

• sempre libera calor, caracterizando assim, uma reação exotérmica;

Vamos agora nos atentar um pouco mais nas moléculas de gás oxigênio (O2) e dióxido de carbono (CO2). Quando comparamos as densidades entre as moléculas é possível observar que a molécula de CO2 é mais densa que a molécula de O2. Todos sabem que quanto mais densa uma substância é, mais “peso” por unidade de medida ela tem, consequentemente quando colocada junto a uma substância de densidade menor, ela é observada abaixo da que apresenta densidade menor.

Pois bem, isso apresentado, podemos agora falar como que ocorre a interação entre o fogo e o CO2 do extintor. Como dito anteriormente, toda reação de combustão necessita de gás oxigênio para que ocorra, a cima também foi apresentado que a molécula de CO2 é mais densa que a molécula de O2. Então o que acontece quando as duas moléculas estão juntas? Isso mesmo!!! A molécula de O2 é substituída pela molécula de CO2, pois esta é mais densa, portanto desloca o oxigênio de sua posição inicial. Não tendo O2 para que a reação de combustão aconteça (pois o CO2 deslocou a molécula de O2) o fogo se extingue.

Para finalizar deixo que, um assunto simples como densidade, pode ser usado para resolver problemas grandes, basta que nos dediquemos a entender como a natureza se comporta e saber utiliza-la da melhor forma possível, ou seja, com sustentabilidade. Mas esse assunto pode ser discutido em outro post.

Até.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Importância da Glicose



Umas das principais características do ser humano é a curiosidade, a necessidade de descobrir os segredos da natureza, e muitas das vezes até copiá-los. Para alcançar esse objetivo o homem se utiliza de experimentos que simulam os fenômenos naturais, para isso ele necessita deter um conhecimento da Ciência natural (Química, Física, Biologia). Bem, e para entender um pouco mais com estas três frentes estão intimamente relacionadas vamos conhecer um pouco mais o íntimo da molécula de glicose.

A glicose é um monossacarídeo de extrema importância para a vida. As células a utilizam com fonte primária de energia e intermediário metabólico, ainda a glicose é produto da fotossíntese, e substrato inicial para as respirações celulares anaeróbicas e aeróbicas. A glicose tema capacidade de polimerizar-se (agrupamento de grande número de moléculas) formando as OSES da vida (maltose, galactose, frutose, sacarose, etc....).

A respiração celular (anaeróbica e aeróbica) tem como substrato inicial moléculas de glicose, pois estas possuem energia nas ligações de carbono que constituem a molécula. Todos sabem que buscamos glicose através da alimentação, e que está é metabolizada pelo organismo onde a energia contida nas ligações de carbono é transferida para molécula de ATP, (molécula da qual o organismo consegue utilizar/retirar a energia para seu funcionamento). Assim podemos falar em balanço energético positivo (onde se gasta menor quantidade de energia do que a consumida, causando assim um “acumulo” de energia) e negativo (onde se gasta mais energia que a consumida) e o ideal é que a quantidade de energia consumida seja igual à quantidade de energia gasta. Mas como então funciona o “equilíbrio” de quanto ingerimos e quanto gastamos de energia?

Quando ocorre o desequilíbrio energético do organismo, este se utiliza de formas diferentes, as quais dependem da situação em que o organismo se encontra. O balaço energético negativo acarreta em utilizações de vias secundárias para a obtenção de energia, tecido adiposo (gordura) e proteínas, respectivamente, são utilizados através de processos metabólicos para a obtenção de moléculas energéticas (ATP). Quando existe um balanço energético positivo, o metabolismo da glicose em excesso pode tomar dois rumos:

• 1º - A glicose se polimeriza e se arranja de modo a formar o glicogênio, forma de acumulo de glicose em animais (em vegetal a glicose se arranja para formar amido);

• 2º - A glicose pode ser “transformada” em tecido adiposo através de complexas vias metabólicas.

Ambos os casos de armazenamento da glicose ocorre devido à alta concentração desta na corrente sanguínea que é controlada através de hormônios específicos (insulina e glucagon), no primeiro momento as moléculas de glicose se organizam e formam o glicogênio (fato que diminui a concentração na corrente sanguínea) e são armazenadas no fígado. A “transformação” de glicose e tecido adiposo acontece quando, mesmo após a obtenção do glicogênio, a concentração de glicose na corrente sanguínea continua alta.

Grande quantidade de energia contida nas ligações químicas, alta capacidade de polimerização, diversas fontes de obtenção, estas são algumas características da molécula que possibilitam que ela seja tão importante para a sobrevivência dos heterótrofos em no nosso planeta. A glicose proporciona ao organismo vários caminhos para sua auto regulação, ou seja, varias maneiras para que este possa funcionar bem e com qualidade. Assim finalizo dizendo que é interessante saber como se organiza e funcionam as moléculas envolvidas na manutenção e no funcionamento do seu corpo. Espero que o texto a cima seja útil para que isso aconteça.